A RELAÇÃO ENTRE O CORAÇÃO E AS EMOÇÕES
«Uma boa cabeça e um bom coração são sempre uma combinação formidável.»
Esta frase de Nelson Mandela faz referência à necessidade de se cuidar quer do coração, quer da mente, e sugere que as emoções e o coração estão relacionados, não sendo apenas uma metáfora poética.
A realidade é que esta interação é tão intensa que determinadas situações stressantes causam um desequilíbrio ao nível do coração. São exemplo a miocardiopatia de Takotsubo ou miocardiopatia de stress ou a síndrome do coração partido, descritas nos anos 90 no Japão. Estas condições clínicas são induzidas por stress intenso e consequente libertação de doses massivas de adrenalina e outras hormonas na corrente sanguínea, levando a um quadro clínico semelhante ao enfarto agudo do miocárdio, mas sem obstrução das artérias.
«Há uma relação imediata entre a parte cardiovascular e as emoções», Victor Gil
Importa então compreender esta estreita relação e perceber que os “males” da cabeça afetam o coração e que as nossas atitudes, formas de ser e de estar são o garante para uma vida mais saudável física e emocionalmente.
A depressão é também um fator de risco para o enfarte do miocárdio e os doentes cardíacos possuem maior tendência para deprimirem, podendo assim potenciar o agravamento dos sintomas.
Saber gerir as emoções, encontrar formas de fomentar o otimismo, a vontade de viver o presente, olhando para as potencialidades e não para as dificuldades, farão toda a diferença.
Um estudo realizado nos Estados Unidos, que comparou as atitudes de uma série de adultos e seniores, mostrou que a ansiedade, a raiva e a hostilidade comprometem a saúde cardíaca, mas quando a atitude é otimista esta assume-se como fator de proteção, melhorando o futuro cardiovascular.
Nem sempre conseguimos controlar as nossas emoções, e na realidade não se trata do que nos acontece, mas sim da forma como lidamos com o que nos acontece que faz toda a diferença, e é por isso que importa desenvolver a nossa literacia emocional, pois só assim evitamos que elas não ponham em causa o bem-estar do nosso coração.
Aprenda a entrar em contacto com o seu corpo e com a sua mente. Aprenda a relaxar e a meditar. Pare uns minutos por dia e desenvolva a capacidade de contemplar, de olhar para algo e apreciar a sua beleza natural. Desenvolva a gratidão: estar e sentir-se grato acalma o coração, retempera energias e fá-lo sentir-se mais feliz.
Não deixe que a mágoa, o rancor ou a solidão tomem conta de si. Se necessitar peça ajuda a um profissional, o seu coração agradece.
Tânia Paias
Psicóloga Clínica e da Saúde / Neuropsicóloga
Diretora do Portal Bullying
Rua António Dias Cordeiro nº 19
8500-559 Portimão
Telemóvel: 961309845
Fonte:
| WebMD.com | HeartMath.org | http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/artigos/ |revportcardiol.org
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