Cancro: Saiba mais sobre esta doença
O Dia Mundial da Luta Contra o cancro é celebrado no dia 4 de fevereiro.
Cancro : hoje vamos falar sobre esta doença, porque há no mundo inteiro milhões de pessoas a viverem com o diagnóstico de cancro. E estima-se que em 2035 o número de casos de cancro possa duplicar. A incidência desta doença é tão grande que é estimado que cerca de 40% da população venha a ter cancro num certo momento da sua vida.
É por isso fundamental falarmos desta doença e da importância que a prevenção, a deteção precoce e o acesso a cuidados de saúde de qualidade tem na luta contra o cancro.
O que é o Cancro?
A palavra cancro usa-se para denominar um grupo de mais de cem doenças que têm em comum o desenvolvimento de células anormais. Por causas muito diferentes, estas células começam a multiplicar-se e a crescer sem controlo.
Esta multiplicação de células pode ocorrer em qualquer parte do corpo, e dependendo da zona em que apareça o cancro, o prognóstico, a deteção e o tratamento podem ser muito diferentes.
À medida que as células crescem descontroladamente, acabam por formar-se massas chamadas “tumores” que, à medida que se vão expandindo, podem provocar lesões ou destruir tecidos sãos. Os tumores malignos podem estender-se a outras zonas do corpo, diferentes daquela onde têm origem, produzindo as chamadas metástases.
Quais os tipos de cancro mais comuns?
Na Europa o cancro mais diagnosticado nas mulheres é o da mama, seguindo-se o cancro colorretal e o do pulmão. Nos homens o cancro mais diagnosticado é o da próstata, seguindo-se o cancro do pulmão e o do colorretal.
Que tipos existem?
Os tipos de cancro são geralmente classificados de acordo:
- Com o órgão ou tecido no qual têm origem. Por exemplo o cancro do pulmão tem início em células pulmonares
- Com o tipo de células que são formados. Por exemplo:
- Carcinoma: Este tipo de tumor é o mais comum, representando 80% dos cancros. Entre eles encontram-se o carcinoma do pulmão, mama, cólon, próstata, pâncreas, bexiga ou estômago, e formam-se à superfície dos órgãos (células epiteliais).
- Sarcoma: Forma-se no chamado tecido conjuntivo (músculos, ossos, cartilagem ou tecido gordo). Os mais frequentes são os sarcomas ósseos.
- Linfoma: É um tipo de cancro que se desenvolve a partir de tecido linfático, que se encontra nos gânglios e órgãos linfáticos. Há dois tipos principais de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin.
- Leucemia: Tem origem na medula óssea, que é o tecido responsável por manter a produção de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Este tipo de cancro provoca a produção de um grande número de células de sangue anormais.
- Mieloma: Tem origem nos plasmócitos (células especializadas em produzir anticorpos)
- Melanoma: Forma-se a partir dos melanócitos (células da pele que produzem melanina – pigmento da pele)
Quais são os fatores de risco?
Para além da predisposição genética e do envelhecimento que são fatores de risco que não se podem controlar, o surgimento de cancro está, muitas vezes, associado a fatores de risco que são evitáveis.
Os fatores de risco mais importantes são:
- O tabaco
É o fator de risco mais importante, já que é responsável por um terço das mortes por cancro. É a primeira causa do cancro do pulmão, também influenciando negativamente o surgimento de outros tipos de cancro, como o da cabeça e pescoço, o do esófago, o do estômago, o da bexiga ou o do pâncreas. Abandonar o tabaco diminui realmente o risco de cancro, independentemente da idade em que se abandone.
- O álcool
Está demonstrado que o seu consumo excessivo aumenta o risco de cancro oral, de faringe, de laringe, de fígado ou de mama. E se ao consumo de álcool se juntar o hábito de fumar, o risco aumenta significativamente.
- As radiações
A exposição prolongada a radiações, como a ultravioleta, transmitida pelo sol, a radiação X que é transmitida pelos equipamentos médicos de radiologia e a exposição a material radioativo existente, por exemplo, nas minas de urânio podem aumentar a probabilidade de vir a sofrer de cancro.
- O sedentarismo e excesso de peso
Uma dieta pobre em frutas e legumes, pouco variada e abundante em gorduras e açúcares é um grande fator de risco para o desenvolvimento de várias doenças, incluindo o cancro do estômago e intestino. O excesso de peso e a obesidade está associada ao cancro devido à multiplicação desordenada e descontrolada das células alteradas.
- Algumas infeções
Algumas infeções por determinados vírus, bactérias ou parasitas aumentam o risco de determinados tipos de cancro. Um exemplo é o papiloma vírus humano (HPV), transmitido por via sexual e que é o causador de alguns tipos de cancro do colo do útero e da orofaringe.
O que fazer para prevenir?
Como pelo menos um terço dos cancros são evitáveis, devemos fazer escolhas saudáveis e seguir as seguintes estratégias de prevenção:
· Optar por uma alimentação saudável
Está provado cientificamente que a dieta influencia o risco de desenvolver alguns tipos de cancro. Uma alimentação saudável significa:
-
- Diminuir o consumo de gorduras saturadas e de alimentos ricos em açúcar e sal.
- Reduzir o consumo de carnes vermelhas. Prefira as carnes brancas e o peixe. Os peixes gordos (sardinha, cavala, salmão) são fontes de ómega-3, que protegem contra o cancro.
- Evitar alimentos pré-confecionados – contêm muito sal.
- Não reutilizar as gorduras – use pouca gordura na confeção de alimentos e prefira azeite.
- Aumentar a ingestão de vegetais e fruta.
- Incluir leguminosas na alimentação – os legumes de cor vermelha e roxa (tomate, beringela, beterraba) são ricos em licopeno (potente antioxidante).
- Consumir cereais integrais, pelo seu alto teor em fibra.
- Não cozinhar demasiado os alimentos – não consuma alimentos total ou parcialmente carbonizados.
- Moderar o consumo de bebidas alcoólicas – o consumo excessivo de álcool aumenta o risco de desenvolvimento de cancro.
- Manter um peso saudável
As pessoas obesas ou com excesso de peso têm maior probabilidade de desenvolver cancro da mama, rim, cólon, endométrio, esófago e pâncreas. Por isso, é fundamental controlar o peso através da prática desportiva e de uma alimentação saudável.
- Deixar de fumar
Um dos fatores de risco mais importantes é o tabaco, sendo responsável por 30% da mortalidade provocada pelo cancro. As pessoas entre os 35 e os 69 anos que fumam têm uma probabilidade três vezes maior de falecer por cancro que os não fumadores.
- Realizar atividade física
É fundamental abandonar o sedentarismo, e evitar passar horas no sofá!
O exercício físico não só é importante para reduzir o risco de desenvolver cancro, como também apresenta benefícios para as pessoas que se encontram a receber tratamentos para esta doença ou que são sobreviventes.
- Realizar exames com regularidade
Quanto mais cedo for diagnosticado um cancro, maior é a probabilidade de cura. Por esta razão, é tão importante vigiar alterações no seu corpo e realizar exames médicos com regularidade, sobretudo no que diz respeito à mama, ao colo do útero, ao cólon e à próstata.
Tenha atenção se tem algum sinal a mudar de forma ou de tamanho, se perdeu peso de forma repentina ou se lhe apareceu algum “caroço”.
Seja proativo na vigilância! Se o cancro for detetado precocemente, a probabilidade de não atingir outros órgãos e de ser tratado mais depressa e com melhores resultados é maior.
Seja proativo também para alcançar um estilo de vida são ! Pode ler aqui também o nosso artigo Dez hábitos simples para uma vida mais saudável.
Fontes:
Sociedade Portuguesa de Oncologia | Liga Portuguesa Contra o Cancro | https://www.cancro-online.pt/
Quer ter acesso a artigos de saúde ?
Veja o nosso Blog : Conselhos de saúde
Junte-se à nossa comunidade
Facebook | Instagram | Youtube
Quer falar connosco e pedir-nos conselhos e recomendações ?
Envie-nos mensagem por Whatsapp : 910537604
Veja as nossas promoções
Farmácia Online